Pesando quase 300 kg e desempregado, Joilson Souza, de 38 anos, está na fila para fazer cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Mato Grosso.

Ele reclama da demora, que se tornou maior após a suspensão desse tipo de procedimento pelo Hospital Metropolitano de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá.

Ele afirmou que sente dificuldades para respirar e para dormir devido à falta de ar. Por causa da obesidade, ele passa a maior parte do dia deitado.

“Tenho falta de ar, não consigo dormir e só vou até o quintal da casa e depois volto”, reclamou.

Joilson disse que ficou psicologicamente abalado após a morte do pai e começou a engordar depois disso e entrou em depressão.

Joisol Souza diz que pensava que estava na fila, mas no ano passado descobriu que o nome não estava no cadastro de regulação (Foto: TVCA/Reprodução)Joisol Souza diz que pensava que estava na fila, mas no ano passado descobriu que o nome não estava no cadastro de regulação (Foto: TVCA/Reprodução)

Joisol Souza diz que pensava que estava na fila, mas no ano passado descobriu que o nome não estava no cadastro de regulação (Foto: TVCA/Reprodução)

Segundo ele, o pai dele morreu em 2003 por causa da obesidade. Ele faleceu sozinho em casa e só foi encontrado cinco dias depois.

Desde então, começou a enfrentar a depressão e a obesidade mórbida.

Em 2014, a família procurou o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para que ele pudesse entrar na fila para a cirurgia bariátrica pelo SUS.

De acordo com Joilson, uma assistente social incluiu o nome dele nesse cadastro de regulação, mas no ano passado foi descoberto que a assistente social não trabalhava mais na unidade e que o nome dele nunca esteve na fila.

Com isso, no ano passado, foi dado entrada ao processo novamente para que ele entrasse na fila. Em janeiro deste ano, o pedido foi aceito.

No entanto, ele reclama da demora para marcar a cirurgia. De acordo com ele, o SUS informou que ele só deve conseguir a cirurgia em 5 a 10 anos.

O prazo é muito longo, já que está muito pesado e com a saúde debilitada. “Eles deram de 5 a 10 anos para fazer a cirurgia e ele não tem todo esse tempo”, declarou a prima dele, Visany Jesus Dias.

O diretor técnico do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, Fábio Liberali, disse que as cirurgias estão suspensas, mas que a Secretaria Estadual de Saúde está negociando com os fornecedores para que as cirurgias bariátricas possam voltar a ser realizadas a partir da próxima semana.

Segundo ele, são realizadas 20 cirurgias por mês e que 1.150 mil pacientes estão recebendo acompanhamento.

Fonte: Globo.com

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